História: primeiro hospital central do país corre risco de desabar na Ilha de Moçambique

O edificio onde funcionou o primeiro hospital central do país, na Ilha de Moçambique, em Nampula, está na eminência de desabar, devido à falta de trabalhos visando a sua restauração, enquanto não há definição por parte das instituições governamentais e parceiros ligados à matéria daquilo que será o destino daquele património histórico da humanidade.

O referido edifício é constituído por duas partes importantes sendo a principal que acomoda os serviços de administração, onde funciona a direcção distrital da mulher, saúde e acção social. Na parte traseira funcionam as enfermarias e serviços de consultas externas para servir uma cidade com cerca de 14 mil habitantes.

De acordo com o jornal Noticias de Maputo, uma parte do bloco administrativo foi tomada de assalto por funcionários públicos transferidos de outros distritos, os quais transformaram os compartimentos em habitação, sem o consentimento do governo municipal, segundo dados apurados pela nossa reportagem.

O governo da Ilha de Moçambique avançou há cerca de cinco anos com uma proposta ao Ministério da Saúde no sentido de concessionar o edifício, do primeiro hospital do país erguido há cerca de 137 anos, a um grupo privado ligado ao ramo de turismo. A ideia inicial era de transformar o imóvel em estabelecimento hoteleiro de quatro estrelas.

A proposta do referido grupo constituído por investidores norte-americanos, incluía a construção de raiz de um centro de saúde com serviços de maternidade, cirurgia, estomatologia, pediatria entre outros, numa área a ser definida pelas entidades do sector da saúde, entre a parte insular da Ilha ou a zona continental do Lumbo.

No entanto, o ministro da saúde, Ivo Garrido, distanciou-se dessa iniciativa que visava, segundo os preponentes, salvar aquele edifício que está num estado crítico de conservação, pois não beneficia de intervenção há mais de duas décadas.

Na ocasião, o titular da pasta da saúde reconheceu que a reabilitação do edifício onde funcionou o referido hospital e relegado ao nível de centro de saúde o Governo vai acarretar custos elevados para a sua reabilitação, os quais o Executivo não está em altura de os suportar.

Celestino Gerimula, director do Gabinete de conservação da Ilha de Moçambique, GACIM, disse quando indagado sobre o futuro do edifício em causa que a indecisão que prevalece em torno do aproveitamento daquela infra-estrutura está somente a contribuir para o agravamento dos níveis de degradação do referido património.

Acrescentou que tal situação dificulta a concretização dos esforços que estão sendo encetados no sentido de mobilizar fundos junto de parceiros internacionais integrados na rede liderada pela UNESCO, virada à restauração do património tangível da Ilha de Moçambique em que o edifício do antigo hospital central está integrado.

De referir que o actual centro de saúde a Ilha de Moçambique não reúne as condições exigidas para a prestação de cuidados sanitários, porquanto o tecto deixa infiltrar água para o interior das enfermarias e áreas concebidas para consultas externas. Alguns serviços indispensáveis como a morgue e estomatologia funcionam abaixo das suas capacidades, situação que propicia a deslocação dos pacientes para a vila de Monapo, onde os serviços são mais adequados.

2 Respostas to “História: primeiro hospital central do país corre risco de desabar na Ilha de Moçambique”

  1. Jorge Governa Says:

    Não posso deixar de vos desejar o maior sucesso nesta luta pela restauração deste edifício.
    Foi ali que eu nasci em 28 de setembro de 1960. Viviam os meus pais em Nacala.
    Um grande abraço de solidariedade.
    Hambanini!

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