Archive for the Política Category

Distúrbios em Maputo: protestos contra agravamento dos preços dos produtos básicos, pão, água e energia

Posted in Economia, Política, Sociedade with tags , , , , on 1 de Setembro de 2010 by gm54

Menor coloca um pneu na barricada a arder, de bloqueio na Estrada Maputo-Witbank, que liga a África do Sul

Três mortos no Bairro do Benfica e várias dezenas de feridos que deram entrada no Hospital Geral José Macamo é o saldo preliminar dos distúrbios populares que estão a caracterizar as cidades de Maputo e Matola, em Moçambique, em protesto contra o agravamento dos preços de energia, água, pão e outros bens de consumo.

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Exposição de fotografias mostra diplomacia do jazz durante Guerra Fria

Posted in Africa, Comportamento, História, jazz, Política, Política Internacional, Word Music with tags , on 9 de Abril de 2010 by gm54

O Departamento de Estado americano usou Duke Ellington, Louis Amstrong, Miles Davis e outros ícones do jazz como embaixadores culturais com fins políticos durante a Guerra Fria, conforme evidencia uma exposição de fotos em Tel Aviv.

Trata-se de uma exposição de 45 fotografias que exemplificam os peculiares e até há pouco desconhecidos esforços diplomáticos empreendidos em 25 países durante um quarto de século pelos astros da música norte-americana.

Intitulada “America’s Jazz Ambassadors Embrace the World” (“Os embaixadores americanos do jazz percorrem o mundo”, em tradução livre), a exibição é fiel reflexo da estratégia de Washington de recorrer às figuras do jazz para cativar os seus inimigos de meados dos anos 50 até fins dos 70.

Tal período inclui eventos históricos como a Crise dos Mísseis em Cuba (1962), a invasão soviética da Tchecoslováquia (1968) e a Guerra do Vietnam (1959-1975). Alguns deles custaram a Washington tensões com Moscovo e, outros, o descrédito em boa parte do mundo.

Para remediar a situação, a diplomacia americana decidiu enviar os gigantes do jazz aos quatro pontos cardeais que então contavam em termos de sedução ideológica: o Islão, a América Latina, a África Subsaariana e o bloco soviético.

O objectivo era apresentar o jazz como a face amável da cultura americana e como sinônimo de liberdade. A exposição apresenta diversas fotos históricas dos personagens retratados e o contexto diplomático de cada situação.

Entre as imagens, há cenas como a de Louis Amstrong a jogar pebolim com Kwame Nkrumah – pai do pan-africanismo e da independência de Gana -, tocando trompete sobre um camelo nas pirâmides de Giza e rodeado de crianças numa escola do Cairo.

Em outras, Dizzy Gillespie dirige uma motocicleta nas ruas de Zagreb, na antiga Jugoslávia de Tito, e utiliza as notas do seu trompete para estimular a dança de uma cobra em Karachi, no Paquistão.

A exposição também mostra o pianista Dave Brubeck a dar um show numa gélida Varsóvia ou a aterrar no aeroporto de uma calorosa Bagdad, por onde Duke Ellington também passou na mesma campanha e onde, além de tocar piano, fumou pela primeira vez um cachimbo d’água.

Ellington também viajou para Adis-Abeba para se reunir com o imperador Halie Selassie e a Dacar para ser condecorado com todas as honras por Leopoldo Sedar Senghor, pai da independência senegalesa e criador do conceito humanístico de “negritude”. Já Miles Davis aparece na exposição com a sua banda encantando o público de Belgrado.

Mas o grande destaque é uma foto na qual Benny Goodman cumprimenta Nikita Khrushchov quando ainda estava longe o reatamento diplomático entre Moscovo e Washington.

Nada era por acaso. Se para as viagens à África Negra se escolhiam músicos afro-americanos, para as visitas à antiga União Soviética se preferia brancos como Goodman, que interpretava jazz mas também música clássica europeia, muito apreciada em Moscovo.

A política do Departamento de Estado de fazer amigos através da música terminou antes do início da década de 80 e devido à oposição republicana de se gastar o dinheiro do contribuinte em empresas culturais e num gênero como o jazz.

Para o organizador da exposição, Doron Polak, “foi um grande êxito. A diplomacia do jazz conseguiu que a cultura americana se espalhasse pelo mundo como algo de todos.

Para melhorar a imagem dos Estados Unidos não havia música melhor para se escolher”.

“Podia ter-se optado pelo country, mas é uma música demasiado local, muito pouco universalista”, disse Polak em declarações à Agência Efe. Segundo ele, “foi uma iniciativa para utilizar a arte com fins políticos e de propaganda”.

Lembrou, no entanto, que “a utilização da arte para esses fins sempre existiu e continuará a existir”.

Casa Branca: troca de guarda

Posted in Política with tags , on 14 de Janeiro de 2009 by gm54

bushc2A imagem acima ilustra a troca de chefia que se aproxima na Casa Branca, sede do governo americano. Um membro da atual equipe de governo retira do edifício um retrato do atual presidente, George W. Bush. Na próxima terça-feira, Barack Obama assume o posto, como 44º presidente americano.

Corrida aos sapatos “Bye Bye Bush”

Posted in Política with tags on 24 de Dezembro de 2008 by gm54

 

Aumenta procura dos sapatos

Aumenta procura dos sapatos

Os sapatos que quase acertaram na cara de George W. Bush estão a tornar-se um sucesso comercial a nível planetário. A empresa turca que alegadamente fabricou o par lançado pelo jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi contra o Presidente dos EUA revelou ontem que se viu obrigada a contratar cem novos empregados para responder ao aumento das encomendas do modelo 271 já devidamente rebaptizado Sapato Bush ou Bye Bye Bush.

Segundo o chefe de vendas da Baydan Shoes, sediada em Istambul, os pedidos dispararam e vêm de todo o mundo, incluindo o Iraque e os EUA. Desde o dia em que Al-Zaidi arremessou os sapatos contra Bush, durante uma conferência de imprensa em Bagdad, a empresa recebeu encomendas para 370 mil pares. Normalmente vendia 15 pares por ano.

Oner Bogatekin, responsável pelas exportações da Baydan Shoes, disse à BBC que os trabalhadores reconheceram logo o modelo. “Vimos na TV. Há dez anos que produzimos este sapato, por isso foi fácil para nós reconhecê-lo.” Bogatekin revelou ainda que os sapatos são leves e não magoariam Bush se lhe acertassem.

O sucesso da empresa turca já motivou críticas da família do jornalista. Durgham al-Zaidi atacou aqueles que estão a lucrar à custa do irmão. “Não faz qualquer sentido! Estas pessoas estão a tirar partido daquilo que o meu irmão fez,” disse Durgham, citado pelo jornal britânico Telegraph. “Os sírios dizem que os sapatos foram produzidos na Síria. Os turcos dizem que foram eles a fazê-los. Há quem diga que o meu irmão os comprou no Egipto. Mas tanto quanto sei, ele comprou-os numa loja em Bagdad e são feitos no Iraque.”

Apesar das incontáveis manifestações de apoio por todo o mundo árabe, que o vê como um herói da resistência, Al-Zaidi continua detido. O jornalista que é acusado de tentativa de agressão a um Chefe de Estado estrangeiro vai a julgamento no dia 31 deste mês. Uma condenação pode fechá-lo 15 anos na prisão.

A família disse que Al-Zaidi não está arrependido e que voltaria a atacar Bush tal é o seu ódio ao Presidente que ordenou a invasão do Iraque. Segundo Uday al-Zaidi, outro dos irmãos, o jornalista foi obrigado a escrever a carta em que pede clemência ao primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki.

Uday confirmou ainda que Al-Zaidi sofreu agressões dos guardas. O iraquiano disse que encontrou o irmão com um dente partido e com marcas de queimaduras de cigarros nas orelhas quando o visitou na prisão, domingo.