Arquivo de Dança

Companhia Nacional de Canto e Dança actua na Alemanha

Posted in Moçambique with tags , , on 16 de Junho de 2009 by gm54
A Embaixatriz da Dança moçambicana

A Embaixatriz da Dança moçambicana

A Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD) parte no dia 22 de Junho para Alemanha onde vai actuar nas cidades de Berlim, Hamburgo e Munique, no âmbito da realização da Semana Cultural de Moçambique, por ocasião das celebrações do 34º aniversário da proclamação da independência.

Organizada pela Embaixada moçambicana naquele país europeu, a Semana Cultural insere-se no quadro das celebrações do 34º aniversário da Proclamação da Independência de Moçambique.

A CNCD, que escala pela quarta vez a Alemanha, sendo a ultima em 1997, integra uma delegação que inclui escritores, artistas plásticos e músicos.

A Semana Cultural de Moçambique, que vai decorrer de 23 a 30 de Junho, contará igualmente com a presença de altos dignitários de Moçambique e da Alemanha e os titulares das Pastas dos Negócios Estrangeiros dos dois Países irão presidir a abertura da Semana, e o Ministro da Educação e Cultura Aires Ali, por seu turno, irá proceder ao encerramento da Semana Cultural, no dia 30 em Munique.

A CNCD, que é o prato mais forte da Semana Cultural, vai orientar Workshops e apresentará dois espectáculos em Berlim, onde se inclui a Gala da Independência, a ser apresentada no dia 26 de Junho no “Haus Fur Kulture der Welt” (A Casa para a Cultura do Mundo), um dos maiores e mais moderno Teatro da Europa.

Nesta gala, a CNCD vai apresentar as suas obras mais emblemáticas – o “N’TSAY”, um bailado criado por David Abílio, que conta a história de Moçambique, e em “MOÇAMBIQUE O SOL NASCEU”, um espectáculo do mesmo autor, que é uma amostra das danças mais representativas do País inteiro.

A companhia incorpora as mais representativas danças moçambicanas

A companhia incorpora as mais representativas danças moçambicanas

Depois de Berlim, considerada capital cultural da Europa, a CNCD ainda vai escalar as cidades de Hamburgo e Munique, onde, para além de apresentar as danças mais representativas do país, vai apresentar um concerto de música tradicional, com enfoque para Timbila, proclamada pela UNESCO como obra-prima do Património Oral e Imaterial da Humanidade.

A realização desta Semana Cultural insere-se na divulgação das potencialidades culturais, turísticas e artísticas de Moçambique, como também reavivar a chama patriótica dos moçambicanos lá residentes, a amizade e cooperação com a Alemanha.

Música – TIMBILA TA GWEVANE : Viagem pelo Índico à busca de intercâmbio

Posted in Uncategorized with tags , , on 10 de Dezembro de 2008 by gm54
Timbila de Moçambique, património da humanidade

Timbila de Moçambique, património da humanidade

UM grupo de jovens dançarinos e tocadores moçambicanos deslocou-se recentemente para a Ilha Reunião numa digressão que tinha como objectivo a troca de experiências e o intercâmbio cultural entre os artistas que fazem parte dos países banhados pelo Índico.
Numa viagem em que estiveram fora do país por mais de 10 dias, o grupo começou por se deslocar à Suazilândia, onde trabalhou com artistas locais, particularmente dançarinos. Depois, com os suazis partiram para a África do Sul, tendo ficado a trabalhar com vários grupos de canto e dança daquele país. Os trabalhos iniciaram na cidade de Durban e depois todos se deslocaram para Joanesburgo, donde depois partiram para a Ilha Reunião. O grupo moçambicano era composto por oito elementos, sendo seis homens e duas mulheres e tinha como chefe da equipa Bob Mahuaie, líder da banda Timbila ta Gwevane. Bob Mahuaie explicou que uma das razões que motivou esta digressão para a participação num festival que já tem tradição na Ilha Reunião no mês de Novembro tem a ver com a necessidade de manutenção dos ritmos e sistemas tradicionais, sobretudo aqueles que são assentes no toque, no canto e na dança e nos motivos que há por detrás da preparação dos instrumentos tradicionais utilizados nessas manifestações culturais.

Ganhos da participação

De Moçambique, o prato forte que os jovens levavam era a Timbila, os Tambores e várias danças tradicionais.
O nosso interlocutor observa que países como a África do Sul, a Suazilândia, e outros ilheus como Mayotte e Seychelles tem uma componente forte na preservação da sua cultura tradicional, comparativamente ao que tem acontecido nos últimos anos entre nós. A tendência no nosso país, diz, é de uma estilização daquilo que é tradicional para dar azo a coisas fúteis e supérfluas que não têm enquadramento naquilo que é de raiz.
“O que nós descobrimos é que esses são países que se preocupam em preservar o seu rico e vasto património cultural. Por outro lado, eles têm diversos festivais, alguns até que chegam às localidades, aos distritos e às províncias. E nós não temos esse tipo de eventos, para além de que dependemos somente de efeméride para sair à rua e realizar coisas pequenas”, lamenta.
Refere que foram ovacionados os grupos culturais da África do Sul e da Suazilândia, sobretudo pela sua performance não só no palco, como pelos motivos que apresentaram uma vez que tanto o canto, como a dança, os instrumentos, a mensagem e a indumentária personalizam a vida cultural tradicional dos seus países. Nada está estilizado.
Para além dos tambores, que são os tradicionais batuques, e da timbila, o grupo levava consigo uma relação da timbila, do batuque com viola baixo, perfeitamente executada por Neuza Naiene.
Aliás, esta exímia baixista, Neuza Naiene, desloca-se ainda este mês para França, onde vai participar num festival cultural de música, canto e dança tradicionais. Neuza vai viajar em nome da banda Timbila ta Gwevane, que é um grupo que se dedica à produção de música tradicional. Neuza escalará aquele país europeu com mais uma colega, sendo que a sua partida está agendada para o dia 14 e o regresso a 24 do mês em curso.
“Esta viagem é produto da entrega e dedicação da nossa banda – Timbila ta Gwevane – , em parceria com o Município da Matola. Nós temos vindo a trabalhar juntos nossos últimos tempos, o que agradecemos sobretudo o apoio que temos recebido por parte do Município”, conta Bob Mahuaie.
Entretanto, um dos principais nós de estrangulamento desta banda é o facto de receber muitos convites para digressões no estrangeiro e mesmo para algumas províncias dentro do país, entretanto, não ter como dar encaminhamento a isso.
“Quando a gente mostra os convites para representarmos o país fora muito dizem que nós somos um grupo desconhecido. E nós nos perguntamos afinal não é trabalhando que nos vamos tornar conhecidos?”, questiona, ao mesmo tempo que revela que a sua banda já tem estatutos elaborados faltando apenas proceder ao registo no cartório notarial.
Quanto aos projectos futuros, o nosso entrevistado referiu que, para além de música tradicional, eles formaram um colectivo que está a trabalhar para a preservação do canto, dança e instrumentos tradicionais. Com esta equipa eles lutam pela preservação dessa componente tradicional.
Mas, também tem desenvolvido outras potencialidades, como a música de fusão, por exemplo, mas sem perder a base tradicional.
Actualmente, Timbila ta Gwevane é composto por 10 músicos, num grupo que conta já com uma formação de juniores, no qual estão petizes de 8 a 16 anos, entre bailarinos e músicos, ainda numa fase de aprendizagem.

Teatro: “Por Ti Mestre” encerra temporada da CNCD

Posted in Uncategorized with tags on 5 de Dezembro de 2008 by gm54

cncd2A Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD) de Moçambique apresenta sexta-feira e sábado no Cine-Teatro África, em Maputo, a obra “Por Ti Mestre”, da autoria do chamado “filósofo dos corpos”, Virgílio Sitole.
Por Ti Mestre” foi estreado em outúbro último no decorrer do Festival Internacional de Dança Contemporânea e com a sua exibição próxima sexta-feira a CNCD vai encerrar a sua tenporada artística/2008.
Com o rufar dos tambores, o público terá a oportunidade de desfrutar do encanto e da excelência que a simbiose entre o contemporâneo e o tradicional proporciona na arte de dançar.
“Por Ti Mestre” é um tributo a Augusto Cuvilas – assassinado ano passado em sua própria casa em Maputo – que em vida foi professor, coreógrafo e director artístico da Companhia Nacional de Canto e Dança, onde soube transmitir os seus conhecimentos, técnicas e experiências para a prática da dança contemporânea na companhia em particular e em Moçambique em geral.
Virgílio Ananias Sitole é bailarino profissional da CNCD desde 1996. Estudou técnica de dança contemporânea, análise do movimento, criação coreógrafica e metodologia do ensino no Centro Nacional de Dança de Paris, França.
É tido pela crítica como sendo um dos expoentes entre os jovens na arte de representar, revelando-se nos últimos anos com coreografias tais como “Whanchani, Momentos – o Recital da Vida”, Utamaduni e Horizontes, trabalhos aclamados pelo público e pela crítica especializada.
Este ano recebeu do Fundo Nacional de Arte e Cultura uma menção honrosa na categoria da dança com a peça “Gritos de Contrastes”.