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Património histórico-cultural: Governo mobiliza fundos para restauração de importantes monumentos em Nampula

Posted in Arquitectura, Fotografia, Religião, Turismo with tags , , , , , , on 16 de Abril de 2010 by gm54

As autoridades culturais em Nampula estão a desenvolver esforços para angariar apoios financeiros junto de parceiros internacionais para serem aplicados num ambicioso plano de restauro de importantes infra-estruturas histórico-culturais localizadas no distrito costeiro de Mossuril, defronte da Ilha de Moçambique.

O Palácio de Verão dos governadores, a feitoria e a rampa dos escravos e a Igreja da Nossa Senhora dos Remédios, monumentos em avançada degradação progressiva, são as relíquias históricas que, em caso de uma resposta positiva de eventuais doadores, irão sofrer as necessárias obras de restauro.

O suplemento “Caderno Cultural” do matutino Notícias, escreve na sua última edição, que apenas a embaixada da Espanha mostrou interesse em desembolsar fundos para a aquele efeito, prometendo no entanto fazê-lo através da UNESCO, a agência das Nações Unidas para a Ciência Cultura e Educação.

Outra exigência da representação espanhola, é elaboração, pelas autoridades culturais de Nampula, de uma proposta detalhada relacionada com a futura utilização sobretudo do Palácio de Verão dos Governadores, após o que poderá desembolsar os fundos para custear as despesas com a restauração do imponente imóvel localizado na zona da Cabaceira Grande, no continente.

Mário Intetepe, chefe dos serviços de acção cultural na Direcção Provincial de Educação e Cultura, é citado pelo “Caderno Cultural” como tendo dito que a exigência catalã está a ser satisfeita, priorizando-se o aproveitamento do Palácio de Verão dos Governadores e a residência de Neutel de Abreu.  Este edifício, de acordo com Intetepe, poderá ser utilizado também como local de debate, entre jovens, de assuntos ligados à história e cultura, para além de outros temas do seu interesse.

Os edifícios em questão possuem espaços amplos que podem servir de salas de aulas para leccionar algumas turmas que estudam ao relento na Cabaceira Grande.

Mário Intetepe acrescentou por outro lado que aqueles imóveis constituem ponto de atracão turístico daí que a sua instituição olha para a questão da sua restauração como uma prioridade.

Relativamente a outros imóveis histórico-culturais de Mossuril que igualmente necessitam de alguma intervencão de restauro, Mário Intetepe afiançou que as autoridades culturais de Nampula vão prosseguir contactos com outros parceiros que fazem parte da rede da UNESCO comprometidos com a valorização do património tangível da região costeira de Nampula, nomeadamente o Japão, Portugal e Noruega no sentido de mobilizar mais recursos financeiros.

Era na feitoria onde se fazia a selecção e compra dos escravos idos sobretudo dos distritos de Erati, Memba, Monapo e Nacaroa, conduzidos depois pela rampa para o interior das embarcações que seguiam para diferentes destinos como as Américas, Ásia e Europa.

A progressiva degradação do Palácio de Verão dos Governadores e a Igreja da Nossa Senhora dos Remédios, é agravada pelo saque por populares, da estrutura de madeira, que a utilizam como combustível lenhoso.

A sede do distrito de Mossuril dista cerca de 40 quilómetros da Ilha de Moçambique e os turistas que demandam aquela que foi a primeira cidade capital de Moçambique, deslocam-se ao continente para conhecerem outros traços da colonização portuguesa e da influência da civilização árabe, patententes nas chamadas Cabaceiras grande e Pequena.

60 anos depois, o Scala vai vender sapatos, roupas e mobílias

Posted in Arquitectura, Turismo with tags , , on 20 de Julho de 2009 by gm54
Scala: retoques para a reabertura

Scala: retoques para a reabertura

Sessenta anos depois da sua entrada em funcionamento, a Pastelaria “Scala”, em plena baixa da cidade de Maputo, vai ser reaberta em Setembro próximo, agregando outras áreas comerciais para além da pastelaria, como seja, a venda de calçado, vestuário e mobiliário.

Aberto no distante ano de 1949, o “Scala” encerrou as suas portas em 2001, alegadamente porque os seus proprietários, após verem recusada a sua intenção de transformar o estabelecimento para fins para as quais não estava vocacionado, declararam falência.

Aparentemente a saída encontrada para que o emblemático lugar abrisse portas foi esta: integrar no espaço pequenas outras lojas, para além dos serviços de restauração.

Que as Natas do "novo" Scala não saibam a sapatos

Que as Natas do "novo" Scala não saibam a sapatos

Na capital moçambicana e um pouco por todas as grandes cidades, tornou-se comum transformar restaurantes, snack-bares e cervejarias, em lojas, armazéns de mercadoria diversa e locais de culto.

Restaurantes, Cafés, Snack-Bares e Cervejarias, outrora ex-líbris da cidade de Maputo, frequentados por todo tipo de pessoas e pontos de referência turística, desapareceram, dando lugar a outras actividades e serviços. O fenómeno, estancado pela edilidade de Maputo após alguns tímidos protestos de umas poucas pessoas preocupadas com a sua descaracterização, terá sido desencadeado por alguns sectores fundamentalistas da sociedade, numa cruzada destinada a eliminar o que consideram locais de profusão do pecado.

Reabre o “Scala” depois da sua reabilitação, fecha o “Continental”, outro estabelecimento de referência situado defronte da pastelaria. Tanto quanto é do conhecimento público, o seu encerramento foi ditado pelo tribunal judicial de Maputo, que arrestou os seus bens em virtude de o proprietário estar a braços com salários dos empregados em atraso e outras obrigações fiscais não saldadas.

Com as montras tapadas com jornais, o “Continental” deixa assim de ser aquele local para onde empregados do comércio, escritórios, bancários, jornalistas e escritores e outros, iam para a habitual “bica” de café, para o “Mata-bicho”, lanche e a leitura de jornais. Os “habitués” ociosos, de que ninguém conhece a proveniência dos seus rendimentos, viram-se assim desprovidos da esplanada deste local, de onde, de manhã até as primeiras da noite, apreciavam o desfile das lânguidas beldades da cidade.

A dúvida agora é: quais serão os caminhos que o “Continental” terá que trilhar até a sua reabertura e se será ou não desmembrado, passando a integrar lojas de venda de calçado, vestuário e mobiliário, e a restauração como actividade secundária. A ver vamos.

A ver vamos também qual é o destino que o Conselho Municipal de Maputo ao histórico Prédio Pott, nas imediações do Scala e do Continental. Em ruínas e refúgio dos chamados “meninos da rua” e adolescentes marginais, o “Pott” é uma autentica relíquia arquitectónica a espera de uma decisão. O mais certo, dado o seu avançado estado de degradação, é que seja demolido para dar lugar a um mastodonte de ferro e cimento.

New York Times: praia de Jangamo uma das mais bonitas do mundo

Posted in Turismo with tags , , on 30 de Abril de 2009 by gm54

 

Praia semi-deserta, ideal para manhãs de mergulho e pesca e tardes à sombra dos coqueiros

Praia semi-deserta, ideal para manhãs de mergulho e pesca e tardes à sombra dos coqueiros

 

O jornal norte-americano New York Times pôs a praia de Jangamo, em Inhambane, na sua lista das 50 praias mais bonitas do mundo.

O jornal descreve a praia como semi-deserta, ideal para manhãs de mergulho e pesca e tardes à sombra dos coqueiros.  

“Não é fácil chegar à praia de Jangamo, na baía de Guinjata, no litoral moçambicano. Mas quando se chega percebe-se que é bom ser assim: longe dos destinos de massas, conserva o ar selvagem, a paz, o sossego”, escreve o New York Times.

O jornal descreve de forma sonhadora e delirante a praia de Jangamo como “um areal a perder de vista quase sem ninguém, areia imaculada, um mar de ondas revoltas, três pequenos lodges com meia dúzia de cabaninhas de madeira e telhado de colmo, propositadamente escondidas entre os coqueiros. E silêncio”.

O governador de Inhambane, Itai Meque, diz com muito orgulho que a província tem de facto um potencial turístico invejável.

Meque frisa que a praia de Jangamo tem áreas muito bonitas, paisagem ímpar, com águas limpas e bonitas.

O governador afirma que a avaliação que foi feita pelo jornal dos estados Unidos da América é justa e constitui motivo de alegria para o governo, para a população de Inhambane e para o país em geral.

 

"Cabaninhas de madeira e telhado de colmo, propositadamente escondidas entre os coqueiros. E silêncio"

"Cabaninhas de madeira e telhado de colmo, propositadamente escondidas entre os coqueiros. E silêncio"

 

Em função deste elogio, de acordo com Meque, a província vai continuar a trabalhar sobretudo na manutenção para garantir a qualidade e valorizar as potencialidades turísticas.

Frisa que Inhambane e o país devem figurar como referência internacional na componente turística.

Itai Meque refere que em 2007 os investimentos na área do turismo atingiram cerca de oitenta e nove milhões de dólares e em 2008 alcançaram cento e cinquenta milhões de dólares.

Para Jangamo, 525 quilómetros a norte de Maputo, não há voos fretados nem autocarros de turismo.

Há é uma picada de 25 quilómetros do aeroporto de Inhambane ao mar, por onde só se consegue andar num veículo 4×4.

O jornal americano diz haver recifes soberbos, cheios de espécies de todos os tamanhos, de garoupas a moreias, raias, tartarugas, golfinhos e até tubarões-baleia e tubarões-tigre..

De Junho a Setembro é possível também ver baleias-bossa.

A escassos quilómetros de distância de Jangamo há outras praias a não perder, como a Baía dos Cocos.

A 25 quilómetros, já de volta à civilização, a  praia do Tofo oferece diversos restaurantes, bares e animação. Ao lado, a praia da Barra mantém-se em estado mais puro, ainda só com meia dúzia de pequenos lodges escondidos.

“Jhojhopué”, a alternativa dos pobres e a curar da “babalaza”

Posted in Turismo with tags on 8 de Dezembro de 2008 by gm54

Apanha de "Jhojhopué" na praia da MaringanhaEsta rapariga faz-se a praia da Maringanha, na cidade de Pemba, sempre que a maré está baixa. Sobretudo no período que vai das 6 as 10 horas.

Como ela, muitas outras, 17/18 anos, procura por um tipo de molusco, popularmente chamado por “Jhojhopué”, para cozinhar em agua e sal, por vezes com tomate e cebola, servindo a iguaria como “caril” que acompanha com a farinha de mandioca, vulgo “muatranca”.

É o “prato” mais barato e alternativo ao peixe que os pescadores vendem a preços proibitivos aos cada vez mais numerosos turistas que frequentam a praia do Wimbe.

Os bons apreciadores da cerveja, sobretudo aqueles que a saboreiam para além do razoável, afiançam que o “caril” de “Jhojhopué” tem o condão de “curar” a babalaza, ou seja, a lazeira que se experimenta após uma boa noitada de “forrobodó”.

Grutas da Maringanhana: os sussuros são audíveis

Posted in Turismo with tags , on 8 de Dezembro de 2008 by gm54

Gruta na praia de Maringana, Pemba, Moçambique

Gruta na praia de Maringana, Pemba, Moçambique

Moçambique pode ser considerado um país com um inesgotável manancial de recursos naturais, destacando-se entre eles, a natureza, ainda em estado “virgem”.

Tanto no interior, quanto na sua orla marítima de mais de 2.700 km, o país possui centenas de praias, em algumas das quais a presença humana é rara, com areais brancas, aguas cristalinas e onde a fauna marinha não conhece o depredador “homem”. Muitas são as ilhas e ilhotas onde a presença do homem ainda não se fez sentir.

Este “acordar” do real potencial turístico moçambicano só agora começa a vir ao de cima através de uma “agressiva” publicitação internacional desencadeada nos últimos anos pelas entidades governamentais em parceria com operadores privados: muitas unidades hoteleiras já se encontram a funcionar, ilhas antes desabitadas já possuem infra-estruturas de primeira linha, algumas das quais estão a acolher visitas mais ou menos discretas de personalidades famosas do mundo político, empresarial e artístico internacional.

No interior, o Parque da Gorongoza, na província central de Sofala, começa a renascer das cinzas, com a fauna bravia a recompor-se após a devastação causada pela guerra que se abateu sobre Moçambique durante 16 anos.

No Lago Niassa, embora ainda que de forma tímida, algo está a ser feito para atrair os turistas, para rivalizar com o que o vizinho Malawi já realizou. Nesta região do norte de Moçambique, a Reserva de Mecula, está também a atrair os turistas que apreciam a caça e colecção de troféus.

Para não falar das praias das províncias de Gaza e Maputo, no sul,  já bastante conhecidas internacionalmente: Bilene, Zongoene, Togo, Závora, Bazaruto, etc.